A Igreja em saída deve superar uma pastoral de conservação para assumir uma pastoral decididamente missionária, numa atitude de conversão e animação pastoral.
Neste contexto, emergem cinco urgências na evangelização que precisam estar presentes em nossos processos de planejamento: devemos ser uma Igreja em estado permanente de missão, casa da iniciação à vida cristã, fonte da animação bíblica da vida e da pastoral, e comunidade de comunidades a serviço da vida em todas as suas instâncias. Estes aspectos se referem a Jesus Cristo, à Igreja, à vida comunitária, à Palavra e à Eucaristia. Tais urgências são o elo entre tudo o que se faz em termos de evangelização.
Nosso calendário deste ano é, sem sombra de dúvida, um caminho a seguir sem desanimar, e sem pensar que já fizemos tudo. Há muito mais por fazer do que já fizemos, pois fazemos parte de uma historia de cem anos. É justo pensar que, na trajetória que percorremos, tantos colaboraram como protagonistas de uma Igreja missionária, casa e escola de comunhão. Faz-se necessário recordar as urgências da evangelização, em especial, o centenário da diocese e o ano Extraordinário Missionário, quando a Igreja no Brasil nos interpela a sermos ‘Sal da terra e Luz do mundo’.
Sejam criadas e fortalecidas equipes de animação bíblica da pastoral. Realizem atividades que reúnam grupos de famílias, círculos bíblicos e pequenas comunidades e cursos, e escolas bíblicas para leigos e leigas. Devem ser estimuladas iniciativas para colocar a Bíblia nas mãos de todos. É necessário ajudar a ler e interpretar a Escritura. A leitura orante deve ser incentivada e reforçada para que proporcione comunhão com o Senhor e ilumine a realidade vivida pelos participantes de nossas pastorais, animando-os e despertando-os para o serviço do Reino de Deus. Podemos dizer que este é o grande objetivo de nossa ação evangelizadora continuada e planejada numa ação alimentada pela Sagrada Escritura.
No processo de formação de nossos leigos e leigas, somos nós, sacerdotes, os primeiros responsáveis por esta grande tarefa, em uma pastoral orgânica e de conjunto. Busquemos, em nosso plano, nossas ações e o tornemos realidade em nossas comunidades paroquiais. É preciso ouvir os engajados nas atividades pastorais, os que frequentam a comunidade apenas aos domingos ou em ocasiões específicas, os de outras confissões cristãs, os que buscam a Deus na sinceridade de coração e os que rejeitam a Cristo.
Pe. Pedro Francisco do Nascimento
Coordenador Diocesano de Pastoral