Na manhã desta terça-feira, 02 de julho, padres, diáconos e alguns leigos(as) da Diocese de Nazaré participaram de um momento formativo sobre “A iniciação cristã de inspiração catecumenal”. O estudo foi ministrado pelo assessor das Paulinas, Francisco Eduardo, a convite do bispo diocesano, Dom Francisco Lucena, e do coordenador da Pastoral Catequética, Padre Ailton Maciel.
A formação aconteceu no Centro Diocesano de Pastoral, em Carpina-PE, e teve como objetivo esclarecer os novos rumos que a Igreja precisa tomar, no tocante à iniciação cristã, para melhor responder aos desafios e exigências dos tempos atuais. As reflexões foram extraídas do Documento 107 da CNBB: “Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos missionários”.
“Há um convite, urgente, para que a Igreja deixe suas acomodações e se adeque às necessidades de um tempo que está em constante mudança”, declarou o assessor das Paulinas.
A grande premissa é rever toda a ação pastoral da Igreja e alinhá-la conforme os moldes de uma Pastoral de Conjunto. Não se trata, aqui, de criar uma nova pastoral, mas promover um eixo central e unificador de toda ação evangelizadora e pastoral, que tenha como finalidade a formação inicial e permanente dos discípulos missionários de Jesus Cristo.
Nesse sentido, segundo Francisco Eduardo, toda a comunidade paroquial – nos seus diversos serviços, grupos, movimentos e pastorais – precisa abraçar a dinâmica da iniciação à vida cristã como uma causa comum, uma vez que a formação inicial não depende apenas da catequese, mas do trabalho colaborativo de todos os envolvidos na vida sacramental e pastoral da Igreja.
Para tanto, afirma, é fundamental um projeto diocesano de Iniciação à Vida Cristã que estabeleça e aponte caminhos de como essa renovação deve acontecer. Um projeto que contemple a centralidade da Palavra de Deus nesse processo formativo, que promova a unidade entre os sacramentos (Batismo, Eucaristia e Crisma) e gere integração entre a catequese e a liturgia, como espaço de vivência sacramental.
Sobre isso, o assessor ressalta a importância de uma estrutura e metodologias que favoreçam uma maior conversão à pessoa de Jesus Cristo. “A grande missão é a de formar discípulos e missionários que deem testemunho de sua fé na sociedade. Para isso, é preciso evangelizar e não sacramentalizar; o que requer uma conversão pastoral e até mesmo pessoal, para uma Igreja que se encontra em processo de renascimento”, pontuou. E concluiu: “Porque o fundamental é configurar a Cristo aqueles(as) que desejam abraçar a vida de fé”.