Neste mês missionário, a reunião do clero aconteceu excepcionalmente na quarta-feira, 8 de outubro de 2025, e de forma ampliada, contando com a participação dos funcionários das diversas paróquias e áreas pastorais da Diocese de Nazaré. O encontro, que começou, às 8h30, com a oração do Ofício das Leituras, ocorreu no Auditório Dom Hélder Câmara, do Centro Diocesano de Pastoral (CDP), em Carpina-PE.
Segundo o bispo diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, o objetivo do encontro foi alinhar o discurso entre as orientações da diocese, os padres e os funcionários, estimulando o diálogo recíproco entre os padres e seus colaboradores nas paróquias, de forma que isso favoreça um melhor relacionamento e andamento das tarefas realizadas. “É importante expormos nossas necessidades e insatisfações, a fim de melhorar as condições de trabalho e resolver adequadamente os desconfortos que surgirem”, disse o prelado.
E prosseguiu: “Nós somos o espelho, a vitrine da diocese. Se não estivermos alinhados, as coisas não vão caminhar bem. Precisamos alinhar nosso discurso no sentido de compreender que, apesar de inseridos num contexto religioso de trabalho, o serviço prestado deve ser feito de maneira profissional e comprometida com a boa administração, com o bom relacionamento, pois isso repercute no âmbito espiritual da evangelização”.
Dom Lucena também enfatizou a necessidade de cada um cumprir bem o seu dever, com zelo, com esmero, sem querer dar conta daquilo que não lhe compete. “Cada um deve cumprir devidamente a sua atribuição. Você será um bom funcionário, desde o serviço mais simples ao mais complexo, se você o desempenha bem. E todos somos espelhos da diocese, repito, a partir do serviço que prestamos. Não seremos bons padres ou funcionários pensando em realizar um somatório de atividades, acumulando atividades demasiadamente”.
O bispo empregou o termo “funcionários”, de modo a naturalizá-lo na consciência de todos, tendo em vista o caráter empregatício em que todos estão inseridos, ainda que num contexto religioso (funcionários de uma instituição jurídica e não de pessoa física). E isso implica os deveres e direitos referentes a cada um (padres e funcionários). E fez uma ressalva: “os presbíteros não se encaixam na categoria de funcionários, pois, ainda que comporte obrigações e questões salariais, sua atividade se inscreve noutra categoria: vocacional, missionária”.

E propôs uma reflexão acerca da diferenças entre profissão e vocação, explicando-as da seguinte forma: “Profissão é aquilo que fazemos e vocação é aquilo que somos. Profissão é uma ocupação ou ofício em que temos determinadas responsabilidades a cumprir e que gera um retorno, principalmente financeiro, que mantém nossas condições de sobrevivência e vida. E as opções do que fazer são diversas, mas não necessariamente determinantes de uma vida toda. A vocação (padre), diferentemente da profissão, é algo que parte da própria essência e permanece. É muito mais que uma profissão. É chamado e identidade. A vocação já está presente em nós e é despertada com o tempo – e o fazer se torna, portanto, praticamente uma consequência do ser. E nossa identidade só conhecemos em Deus”.
E prosseguiu, citando o Evangelho no qual Jesus pergunta aos discípulos: “Quem dizem os homens que eu sou?”, e depois: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Mt 16, 15). “O relacionamento com Deus é pessoal e deve ser construído com perseverança. Assumir nossa identidade em Cristo é também, muitas vezes, assumir a cruz, a batalha contra o pecado, a fortificação na vida de oração e caridade. Todas as dificuldades, contudo, valem a pena porque, dessa forma, podemos nos aprofundar mais em Deus e, consequentemente, saber melhor quem nós somos e qual é o nosso propósito e missão. Ele nos conhece melhor, confiando primeiro em Deus, tudo vem por consequência”, falou.
Chamou atenção, ainda, quanto à consciência do sacerdote acerca de sua vocação, bem como do seminarista em processo de formação: “padre é pai e não funcionário do sagrado ou empregado de Deus. Um seminarista está no seminário não se preparando para exercer uma profissão ou para ser funcionário de uma empresa, mas para ir se tornando pastor à imagem de Jesus, o Bom Pastor, para ser como Ele, apascentando as suas ovelhas. Quem não se sentir disposto a seguir este caminho, com esta atitude e orientação, tenha a coragem de procurar outra estrada, pois há muitos modos, na Igreja, de dar testemunho cristão. O padre não exige nada para além das reais necessidades. O seu estilo de vida, simples e essencial, sempre disponível, o faz credível aos olhos das pessoas e aproxima-o dos humildes, numa caridade pastoral que o torna livre e solidário. O padre é o servo da vida, caminha com o coração e o ritmo dos pobres. A comunhão com os leigos, valorizando a participação de cada um, é uma marca distintiva da vida do sacerdote”, enfatizou.
Em seguida, evidenciando a dimensão da conversão pastoral e da sinodalidade, Dom Lucena declarou que a vida paroquial precisa estar entrelaçada à caminhada diocesana, e frisou a necessidade de progredir no fortalecimento dos conselhos paroquiais. “A conversão pastoral e a sinodalidade supõem considerar a importância dos processos participativos de membros da comunidade paroquial, na escuta, estimulando o funcionamento dos conselhos, principalmente o conselho paroquial de pastoral e o conselho de assuntos econômicos (ver estatuto). E a comunidade paroquial não pode se separar da vida diocesana. Precisamos avançar na funcionalidade e manutenção desses conselhos paroquiais. São de suma importância para a gestão paroquial. A falta de conhecimento e funcionalidade adequada dos conselhos tem levado os membros, todos, a pedirem desligamento. Tem acontecido, ultimamente, muitas dificuldades, desentendimentos, entre padres e demais membros dos conselhos e leigos em geral (grupos, pastorais e coordenações de comunidades). É preciso o empenho de todos para superar todos os entraves existentes”, realçou.
Na sequência, chamando atenção para outras questões que podem fragilizar a dinâmica dos serviços paroquiais e a própria natureza evangelizadora, o prelado deu o exemplo de paróquias cujos funcionários eram financiados pela prefeitura. E expôs como, em sua concepção, isso comprometia a sustentação e o próprio sentido do dízimo, por exemplo. Por isso sua advertência para que esse tipo de vínculo fosse desfeito. E pontuou: “os sorteios de brindes realizados no dia do dízimo, pelas paróquias, também comprometem a real compreensão do seu sentido”.
Depois, dirigindo-se especificamente aos padres, Dom Francisco Lucena reforçou que eles precisam ter sempre uma resposta pastoral firme diante das demandas que surgem, seja por parte dos funcionários seja por parte dos fiéis. “Pessoas que pedem para o padre assistir casamentos em ambientes externos, por exemplo: já se sabe que isso não é possível; e a resposta precisa ser tão clara e direta quanto acolhedora. O padre precisa se colocar à disposição de celebrar o casamento, desde que em uma igreja ou capela escolhida pelos nubentes”, exemplificou.
Suas últimas considerações neste momento introdutório da reunião foram:
- Os empregados de cada paróquia devem ser moradores residentes (como regra geral) no próprio território paroquial ou município, salvo raríssimas exceções, evitando, assim, despesas desnecessárias.
- Um presbítero que foi designado para assumir uma paróquia não deve pedir ao padre daquela paróquia, também transferido, que, antes de deixá-la, demita os funcionários. “Nenhum padre deve executar tal pedido!”, reiterou
- O bispo diocesano pediu sugestões a todos para que as reuniões com os funcionários, durante o ano, sejam dinâmicas, claras, objetivas, formativas, bem como um espaço de partilha do trabalho realizado por cada um/uma.
REFLEXÃO ESPIRITUAL
Antes do intervalo para o lanche (às 10h30), houve um momento de reflexão espiritual a partir do texto de Lc 6, 27-38 – 23ª Semana do Tempo Comum, trazendo à tona a essência do ensinamento de Jesus que convida a nos revestirmos de sentimentos de bondade, perdão, respeito e fraternidade. “Somente cristãos autênticos são capazes de amar e fazer o bem como Cristo propõe. É preciso fazer da vida uma doação sempre, agir sempre na gratuidade, inclusive para com aqueles que não nos amam. Devemos oferecer sempre o melhor de nós. Peçamos a Deus que guie nossos passos e ações”, animou-os.

E prosseguiu, reiterando que a vida cristã está fundamentada no serviço e na gratuidade. “Antes de tudo, a vida cristã é abrir caminho, sempre. Ir e não permanecer parado. O Senhor recomenda: ‘Curai os enfermos, pregai o reino dos céus que está próximo, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios’. Isto é: uma vida de serviço. A vida cristã consiste em servir. É muito triste ver cristãos que, no começo da sua conversão ou da sua consciência de serem cristãos, servem, estão abertos ao serviço, servem o povo de Deus, e depois, ao contrário, acabam por se servir do povo de Deus. Isto faz muito mal, muito mal ao povo de Deus. Por conseguinte, a vocação do cristão é servir, nunca servir-se de. A vida cristã é uma vida de gratuidade. A salvação não se compra. A salvação nos é dada gratuitamente. Deus salvou-nos, salva-nos grátis. Não nos faz pagar. Como na oração do Pai-Nosso, na qual rezamos, abrimos o coração, para que venha esta gratuidade. Não há relação com Deus fora da gratuidade. A nossa vida de santidade seja este alargar o coração, para que a gratuidade de Deus, as graças de Deus que estão nela, gratuitas, que Ele deseja doar, possam chegar ao nosso coração. Serviço e gratuidade devem acompanhar o cristão a caminho”.
Dom Lucena também meditou, com os presentes, um trecho da profecia de Habacuc (1,2-3;2,2-4), mostrando uma situação que não é desconhecida de todos: violência, desrespeito, maldades, destruição, prepotência, enfim, todo tipo de maldade e coisas que chocam a nossa fé. “Não é isso que acontece no nosso meio? Deus responde a Habacuc e a nós: ‘Quem não é correto, vai morrer, mas o justo viverá por sua fé’”.
E criticou o clericalismo dentro da Igreja, apontando a sinodalidade e a missão como remédios: “o clericalismo no clero e nos leigos persiste. É um mal que afasta as pessoas da Igreja. As pessoas devem ser valorizadas e não clericalizadas. O clericalismo é uma verdadeira perversão na Igreja. Um sacerdote, um bispo que cai nesta atitude faz muito mal à Igreja. É uma doença que contagia até o leigo. Pior que um padre ou bispo clerical são os leigos clericalizados. Pastores e leigos devem caminhar juntos em cada âmbito da vida da Igreja. O remédio para o clericalismo é uma Igreja sinodal e missionária”.
SESSÃO DE PERGUNTAS E RESPOSTAS

No retorno do lanche, houve um momento de perguntas e respostas que contou com a participação do contador da Diocese de Nazaré, Jailson Gomes, e a representante jurídica da diocese, Juliane Freitas.
A primeira pergunta foi feita por um padre, sobre a obrigatoriedade de o presbítero receber o 13º salário. O próprio bispo diocesano, valendo-se do decreto sobre côngruas (PROT.: DOC-C-57/2024), respondeu a indagação, alegando que é um direito e um dever que “todos os presbíteros incardinados na Diocese de Nazaré e nomeados para qualquer dos ofícios eclesiásticos em seu território, no último mês do ano civil, recebam uma décima-terceira côngrua, igualmente correspondente a dois salários-mínimos vigentes” (Art. 4).
Em seguida, uma das funcionárias questionou se deveria “bater o ponto” em ocasiões formativas fora do espaço habitual de trabalho e interrogou sobre como ficaria a situação da quantidade de horas nesses casos.
Tanto Jailson quanto Juliane responderam que dias de encontro são vistos como dias de serviço para os funcionários, pois os mesmos estão integralmente à disposição do encontro, desde sua saída até a chegada (caso seja em um local ou cidade diferente). Por essa razão, o ponto deve ser registrado, normalmente, ao sair e ao chegar, na área de serviço do funcionário (onde o aplicativo está cadastrado).
Com relação ao acúmulo de horas excedentes, a compensação dessas horas extras deve ser resolvida diretamente com o padre. “Nós trabalhamos com banco de horas, que podem ser compensadas com folga, dentro do mesmo mês ou no mês seguinte (sem deixar acumular); ou, até mesmo, num ajuste da própria dinâmica de trabalho: sair mais cedo ou iniciar a jornada de trabalho um pouco mais tarde, conforme o horário padrão. Paga-se a hora extra em último caso, apenas se a compensação não conseguir se desenrolar por meio das maneiras citadas”, explicou Dom Lucena.
O prelado prosseguiu sua fala, sinalizando que o funcionário não precisa fazer algum trabalho que esteja fora do escopo de suas atribuições, mas isso deve ser dialogado pacificamente com presbítero para quem trabalha. “Caso alguma demanda extra seja solicitada, não é só dizer que não pode ou não quer cumprir a solicitação, mas justificar a impossibilidade, seja por não saber como realizar o que é pedido ou porque vai ocasionar conflito com as tarefas das quais o funcionário precisa dar conta”, orientou.
Outro funcionário fez as seguintes perguntas: Quem trabalha aos domingos deve ter, ao menos, uma folga mensal no domingo? Como não perder o prazo de envio da carta de oposição à contribuição assistencial anual do sindicato?
Quem respondeu as duas questões foi a representante jurídica Juliane Freitas. Ela recordou que os funcionários têm o direito de se opor ao desconto da negociação solidária. Para tanto, é necessário, todos os anos, enviar uma carta, escrita de próprio punho, opondo-se a esse desconto anual.
“A data para essa contribuição começa quando se estabelece a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) ou Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Há um período – um prazo de 10 dias a partir da data da CCT – para que os funcionários escrevam uma carta de próprio punho dizendo que não querem arcar com essa contribuição. Não se pode enviar o montante de cartas de todos os funcionários juntos; cada uma deve ser encaminhada individualmente pelo próprio funcionário através dos correios ou levada diretamente à sede do sindicato”, explicou.
Juliane informou, ainda, que, se o funcionário estiver de férias ou em auxílio por incapacidade temporária (antigo auxílio-doença) no período da oposição, ele deverá, ao retornar, protocolar a carta de oposição junto com o comprovante de afastamento (aviso de férias ou atestado médico) para que sua oposição seja aceita e não lhe seja cobrada a taxa anual.
Sobre isso, o prelado disse que considera positivos os benefícios oferecidos pelo sindicato dos empregados (SINTIBREF-PE) e declarou que se deve seguir a convenção coletiva de trabalho a cada ano: piso salarial e os benefícios (Programa de Assistência Familiar – PAF, Plano Odontológico, Seguro Bem-Estar Integral, Seguro de Vida Total). Os boletos relativos a esses benefícios são enviados mensalmente a cada paróquia via e-mail. “É importante, para o bem de todos os empregados, manter a convenção coletiva de trabalho, o pagamento dos benefícios e as informações de todos os empregados (admitidos ou demitidos) em dia com o Sintibref-PE”, destacou.
E reiterou que a oposição ou não à contribuição solidária é de responsabilidade do funcionário. “Sobre a Contribuição Negocial/Assistencial, reafirmo: os empregados contribuirão via desconto em folha; os que desejarem não contribuir poderão exercer seu direito de oposição em até 10 dias a partir da data do registro da Convenção Coletiva de Trabalho. Somente o empregado fará esse comunicado ao Sindicato. A diocese não pode dizer para você escrever ou não a carta. Não devemos orientar os funcionários a não se sindicalizarem; eles devem ser instruídos a conhecer, a entender, e a adesão ou não à proposta deve ser bem livre por parte de cada um. Vocês devem estar atentos: isso é dá responsabilidade de vocês; e qualquer esclarecimento a mais o sindicato pode oferecer”.
Com relação às atividades realizadas aos domingos, a representante jurídica da diocese disse que a lei garante ao funcionário uma folga semanal – e apenas sugere que uma delas seja no domingo. “Estamos em diálogo com o sindicato acerca dessa questão para tentarmos formalizar um acordo”, disse Juliane, evidenciando a necessidade de uma atenção especial à jornada de trabalho dominical de boa parte dos funcionários da diocese, por ser um dia de grande movimentação no setor religioso.

Sobre o período de férias, foi questionado se elas são determinadas pela empresa (Igreja) ou se o funcionário pode sugerir o período. O contador Jailson asseverou que as datas das férias são determinadas pela empresa, mas o funcionário pode dialogar com o pároco ou administrador paroquial para combinar um período. “Se estiver no prazo legal, o funcionário pode exigir o direito do seu descanso”, disse.
O bispo reforçou o direito do trabalhador ao seu descanso anual, alertando para que as férias sejam respeitadas. “Se o funcionário completou um ano das últimas férias, as novas férias devem ser tiradas, não podendo ultrapassar o período de um ano”, pontuou. E orientou contra a prática de “vender férias” (a chamada conversão em abono pecuniário de até 10 dias), desencorajando tanto funcionários quanto padres a adotarem esse recurso.
Outro ponto discutido foi quanto ao intervalo intrajornada. Esse intervalo deve ser de, no mínimo, uma hora e, no máximo, duas horas. Para os sacristãos – que, em alguns dias (especialmente domingos), lidam com intervalos maiores que o máximo de duas horas – será necessário assinar um acordo individual escrito. Foi o que disse a representante jurídica, Juliane Freitas. “Se o intervalo intrajornada exceder as duas horas previstas pela CLT, esse aumento deve ser formalizado por meio de um acordo individual entre a partes envolvidas. Há um documento a ser assinado para formalizar isso”, disse.
O contador Jailson acrescentou que todos os funcionários têm direito a ter acesso ao banco de horas de trabalho realizadas durante o mês. Sobre isso, o bispo sugeriu que no dia em que os contracheques forem enviados às paróquias, pode-se mandar o relatório das horas trabalhadas, no mês anterior, pelos funcionários (Relatório do Ponto).
Nesse contexto de horas extras trabalhadas – sobretudo por sacristãos, em situações específicas –, o bispo diocesano questionou de que forma seria possível resolver o problema de atrasos nos casamentos. Diante da sugestão de aplicar uma multa por ocasião desses atrasos, Dom Lucena criticou: “Isso não é educativo, não resolve, não conscientiza ninguém acerca do dever e da nobreza da pontualidade, nem ajuda a desconstruir maus hábitos e superstições”.
O bispo aproveitou para entregar aos presentes o documento que define os valores das taxas ofertadas pelos fiéis por ocasião da celebração dos sacramentos e dos emolumentos (que são as taxas cobradas pelos serviços da Igreja, como casamentos e batizados). Os valores foram definidos pelos bispos da província eclesiástica de Olinda e Recife e só entrarão em vigor em janeiro de 2026. Os valores das taxas são os seguintes: missas especiais (R$ 70,00), missas comunitárias (ofertas livres), batizado (R$ 60,00), Crisma (R$ 60,00), Casamento (R$ 250,00), Transferência do processo de habilitação matrimonial (R$ 250,00) e certidões (R$ 40,00).
COMUNICADOS
– O bispo informou que algumas coordenações diocesanas estão com vencimento previsto para o final deste ano e, por isso, precisam ser renovadas. E citou algumas pastorais e serviços que estão necessitando de uma nova assistência eclesiástica: funcionários (pode ser um padre ou diácono), Setor Juventude (o Pe. Alex Bruno não continuará como coordenador), dentre outros. O prelado comentou sobre algumas resoluções já estabelecidas: a Pastoral Familiar será assumida pelo Pe. Luiz Felipe, o Serviço de Animação Vocacional (SAV) pelo Pe. Ayrton Barbosa e o Setor Juventude pelo Pe. João Firmo.

– Foi apresentada, na ocasião da reunião do clero, a nova equipe de coordenação da Pastoral da Criança: Marinalva Pessoa de Souza Gomes (coordenadora) e Severino Antônio Sancho (vice-coordenador); representantes regionais: Jaime Mendonça (Região Pastoral Carpina), Rosineide Maria (Região Pastoral Goiana e Timbaúba), Maria do Carmo Peres (Região Pastoral Limoeiro), Marinalva Pessoa (Região Pastoral Nazaré), Severino Sancho (Região Pastoral Orobó) e Maria Clotilde (Região Pastoral Surubim).
– O bispo voltou a falar do pedido feito pela Diocese de Sinop, no Mato Grosso, que está precisando de padres para a missão em 2026. O padre Magno Anacleto (Diocese de Nazaré) já se colocou à disposição. Deixou-se em aberto o convite para mais um sacerdote que tenha interesse em fazer essa experiência.
– Dom Lucena também comunicou que não haverá o Dia Nacional da Juventude (DNJ) neste ano. Havia uma data prevista, mas acabou não sendo viável. Seu desejo é reunir todas as expressões juvenis da Diocese de Nazaré em um grande momento de espiritualidade e formação. “Já ingressei no meu décimo ano de pastoreio nesta Igreja particular e ainda não consegui promover um evento que reúna toda a juventude diocesana”, lamentou.
– Alguns lembretes importantes do bispo diocesano:
- O valor unitário das Novenas de Natal é de R$ 1,95.
- Celebrar bem a Semana Missionária (9 a 17 de outubro de 2025) e a Coleta Missionária (18 e 19 de outubro). Neste ano, em virtude do Ano Jubilar, o mês missionário tem como tema “Missionários da esperança entre os povos” e lema: “A esperança não decepciona” (Rm 5,5).
- Na manhã do dia 15 de outubro de 2025, no CDP, em Carpina, haverá uma reunião com os formadores dos dois seminários diocesanos: N. Sra de Lourdes (Propedêutico) e Rainha dos Apóstolos (Maior).
– O prelado lembrou aos padres de efetuarem os pagamentos referentes aos empréstimos feitos à Cúria Diocesana, incluindo o investimento realizado com relação à energia solar.

Severino Ramos informou que houve uma reunião com assessoria jurídica da diocese e um representante da Centry Sol (empresa responsável pela instalação do sistema de energia solar). O principal assunto foi a inspeção da Neoenergia nas seguintes usinas: Paudalho, Carpina (São José e Santo Antônio), Surubim (Paróquia São Sebastião e Seminário N. Sra. de Lourdes), Lagoa do Carro e Glória do Goitá. Das usinas citadas, apenas a de Lagoa do Carro, até o momento, está protocolada no padrão solicitado pela Neoenergia na referida inspeção; as demais ainda estão em análise.
Isso tem acontecido porque foi constatado pela Neoenergia que os projetos referentes às usinas inspecionadas divergem do que foi instalado, de modo que a empresa Centry Sol já deu resposta à Neoenergia sobre as divergências encontradas. Foi definida uma nova data (20 de outubro de 2025) para o acompanhamento das demandas e resoluções entre a assessoria jurídica e a Centry Sol junto à Neoenergia.
Severino Ramos informou ainda que a capacidade do sistema vigente não está conseguindo suprir as demandas atuais de todas as paróquias, de forma que 32 paróquias não receberam créditos suficientes para pagamento mínimo dentro do sistema de geração de energia solar na conta de luz. Dom Francisco reafirmou que, para resolver esse problema, serão necessários novos investimentos, como a instalação de novas usinas de energia solar.
– CÁRITAS: Já aconteceram, neste ano, três encontros referentes ao processo de formalização da Cáritas Diocesana (um presencial e dois de forma on-line). O próximo está previsto para o dia 5 de novembro de 2025, remotamente, das 19h30 às 21h; e um último, presencial, marcado para o dia 29 de novembro do corrente ano. “Esta é uma construção coletiva e a participação de todos é muito importante”, disse Severino Ramos, diretor presidente da Fundação Monsenhor Petronilo Pedrosa.
Ele divulgou, na ocasião, que a Diocese de Nazaré recebeu doações de roupas usadas da Alemanha (em boas condições de uso) em parceria com a Cáritas Brasileira Regional Nordeste II, para a execução do Bazar Solidário. “Nos próximos dias, estaremos contactando algumas paróquias que já desenvolvem uma experiência com bazar para juntos fortalecermos esta ação. Toda a renda será contabilizada da seguinte forma: 75% para a entidade membro e 25% para o regional; com as paróquias ou grupos que aderirem a ação, será 50% para paróquia, 25% para a entidade e 25% para regional”, explicou.

– O padre Ayrton Barbosa e o padre Luiz Felipe participaram de um curso em São José dos Campos-SP. Promovido pelo Sistema Integral da Nova Evangelização (SINE), o curso oferece às dioceses e paróquias uma proposta para executar seus planos diocesanos de pastoral, articulando todos os elementos essenciais da tarefa básica da Igreja.
“Foram dias de estudo intenso sobre a metodologia proposta. Nela destacamos a importância da divisão do território paroquial em setores, de modo que, coordenados por um responsável, seja facilitado o contato entre os membros das pequenas comunidades, o pároco e as pastorais”, partilhou o padre Ayrton.
O SINE é um método operativo sistemático e integral que visa o desenvolvimento de pequenas comunidades, organizadas nos setores do território paroquial, onde acontece a formação bíblico-catequética permanente. Essa estrutura tem a finalidade de garantir a presença dos elementos essenciais da tarefa da Igreja: saída missionária, querigma, catequese, comunidade, dimensão sacramental e ação social, organizados sistematicamente em etapas lógicas e sucessivas, gerando um processo de vida cristã integral.

– CODIP: O coordenador diocesano de pastoral, padre Pedro Nascimento, recordou que as assembleias regionais devem acontecer até 30 de outubro de 2025; e o relatório regional deve ser enviado até 31 deste mês para o e-mail: [email protected]
Cada região pastoral deve elencar uma ação por pilar (Pão, Palavra, Caridade e Missão) e destacar pontos positivos e desafios durante a vivência do plano atual neste ano de 2025. Das sete ações propostas por cada região pastoral (uma para cada pilar), serão escolhidas duas ações por pilar para compor o encarte VI do plano diocesano para o ano de 2026.
Como não será criado um novo plano pastoral – que será feito a partir das Novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil (quando aprovadas) e do Documento do Sínodo –, a assembleia deste ano será realizada em um único dia (22/11, sábado), tendo em vista seu caráter avaliativo e propositivo.
Dom Lucena lembrou que no dia 29 de outubro (quarta-feira), a partir das 8h30, no Centro Diocesano de Pastoral, em Carpina, será feita a estruturação do calendário diocesano 2026. A reunião ampliada do clero, com todos os funcionários da diocese, foi encerrada com a oração do mês missionário.