A tradicional Missa dos Santos Óleos foi realizada, na manhã da Quinta-Feira Santa (09), às 08h, na Igreja Catedral Nossa Senhora da Conceição, em Nazaré da Mata-PE. Presidida pelo bispo diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, a celebração, neste ano, diferente dos anos anteriores, em virtude da pandemia do coronavírus (Covid-19), contou apenas com alguns sacerdotes, representando todo o clero e o povo de Deus.
É na Missa do Crisma, como também é chamada, que acontecem a bênção e consagração dos santos óleos e a renovação das promessas sacerdotais, assumidas, por cada presbítero, no dia de sua ordenação. Assim, além de renovarem o seu compromisso para com o povo de Deus, o bispo e os sacerdotes presentes abençoam os óleos que serão usados nos diversos sacramentos: óleo dos Catecúmenos (no Batismo), óleo do Crisma (na Confirmação) e o óleo da Unção dos Enfermos.
Em suas primeiras palavras, durante a homilia, Dom Lucena explicou o motivo pelo qual resolveu manter a celebração da Missa do Crisma e falou de seu sentido profundo para os padres e para a Igreja Particular de Nazaré, sobretudo neste tempo.
“Chegou o momento de celebrarmos, deste jeito tão diferente, tão novo, sem a presença do povo, a Missa do Crisma, quando são abençoados e consagrados os santos óleos, e os padres renovam seus compromissos. Quis celebrar, sem adiar, sem transferir, porque, para mim, está sendo como que um bálsamo no coração; é um bálsamo para a nossa vida, para a nossa missão. Nem todos estão aqui, mas, mesmo distantes uns dos outros, nós estamos juntos. E isso nos fortalece!”, declarou.
“É uma bela celebração, celebração da unidade diocesana. Muitos dos nossos padres estão participando de suas casas, e ali também renovarão seus compromissos”, falou o bispo diocesano, animando os sacerdotes a caminharem, na linha de frente, como “médicos da alma”, que também precisam de uma palavra, de um aconchego, e são chamados a levar este consolo de Deus às pessoas, próximas e distantes.
Após a homilia, realizou-se o rito de renovação das promessas sacerdotais. Em seguida, deu-se início a Liturgia Eucarística, com a apresentação dos dons e dos santos óleos, que foram trazidos, em procissão, perante o Altar do Senhor, na seguinte ordem: os perfumes, óleo dos catecúmenos, óleo dos enfermos e óleo do crisma, bem como o pão e o vinho para a celebração eucarística. Antes da comunhão, foi realizada a bênção do óleo dos enfermos. E depois da comunhão, foram abençoados o óleo dos catecúmenos e do crisma.
“O óleos que hoje abençoamos serão encaminhados para cada paróquia desta querida Diocese de Nazaré, sinal de unidade e de renovação dos sinais. Na Bíblia, o óleo é símbolo do Espírito Santo: é usado como consagração. Com seu extraordinário sentido simbólico, o óleo faz-nos entender a grandeza do mistério que celebramos na fé”, explicou o pastor diocesano de Nazaré.
O santo Crisma (mistura de óleo com perfume) simboliza o próprio Espírito Santo (no Batismo, na Confirmação e na Ordem), com o qual Jesus foi consagrado para a missão messiânica, além de ser utilizado para a consagração do altar e a dedicação das igrejas. O óleo dos catecúmenos indica a fortaleza na luta da vida cristã. O óleo dos enfermos, usado pelos sacerdotes na unção dos doentes, é sinal de força, alívio, conforto, perdão e libertação.
Em suas últimas palavras, Dom Francisco Lucena expressou sua alegria por todos os que estiveram presentes e também por aqueles que acompanharam de suas casas, particularmente os sacerdotes, e desejou, apesar dos desafios deste tempo, uma feliz e abençoada Páscoa. “Estejamos fortalecidos na fé!”, motivou.