E seguem os trabalhos de restauro da Matriz de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos, situada na Avenida Marechal Deodoro da Fonseca, em Goiana/PE. A Igreja, que é tombada pelo IPHAN como Patrimônio Histórico Nacional desde 1938, está fechada há dez anos em função de alguns problemas de ordem estrutural e de madeiramento.
As campanhas para os serviços de restauração iniciaram em novembro do ano passado, e continuam acontecendo. Os recursos que estão viabilizando a realização das obras são provenientes do dízimo, contribuição de fiéis da referida comunidade paroquial e recursos próprios da Diocese de Nazaré. As doações para a Restauração da Igreja Matriz podem ser feitas através do Banco do Brasil, Agência: 0220-8, Conta Corrente: 3708-7, em nome da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário.
Até o momento, já foram realizadas a pintura das paredes externas e internas, revisão e implantação das instalações elétricas, recuperação do coro da Igreja, substituição das tábuas do piso dos corredores laterais, restauro do piso superior e pintura do forro da nave da igreja, dentre outros serviços. O próximo passo é a restauração de toda a estrutura que compõe o Altar-Mor. Todos esses trabalhos estão sendo coordenados e supervisionados pelo arquiteto Carlos Alberto Ishigami.
O pároco, Padre José Edson, continua contando com a colaboração de todos os fiéis e da sociedade em geral (empresas, grupos e pessoas de boa vontade) para dar continuidade aos trabalhos e, em breve, reabrir este templo, símbolo histórico da cidade. E o Bispo Diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, também tem acompanhado a execução das obras e revelado bastante ânimo, e pressa, diante dos esforços para a reabertura da Igreja do Rosário.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Brancos
A reforma proposta é uma continuidade dos trabalhos de restauro que já vêm acontecendo desde 2006, em função de alguns problemas de ordem estrutural e de madeiramento. A partir de um novo projeto, aprovado em setembro de 2017, a Diocese de Nazaré foi autorizada a captar recursos, mediante doações ou patrocínios, para a execução das obras.
Datada do séc. XVIII, a Igreja foi construída pela Irmandade de Nossa Senhora dos Homens Brancos. Esta instituição era formada por senhores de engenho, e como tais, trataram de transferir a grandiosidade de suas posses e sua posição social neste templo. Seu altar-mor remete ao altar do mosteiro beneditino de Tibães, em Portugal. Sua estrutura e fachada mostram traços barrocos. A decoração consta de altares com imagens de mestres artesãos brasileiros dos séculos XVII e XVIII, destacando-se as imagens de Nossa Senhora do Rosário, São Joaquim, São José, Senhor Morto e São Miguel. Além de ricas imagens, há no templo duas pinturas: a primeira, no altar do Santíssimo Sacramento, reproduz a cena da Última Ceia; e a segunda, representando a crucificação do Salvador, em nicho do altar da capela-mor.