Todos os meses, o clero de Nazaré se reúne com o seu bispo diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, para momentos de oração, convivência, reflexão e discussão de assuntos importantes ao bom andamento da caminhada pastoral da Igreja Particular de Nazaré.
No encontro de maio, que aconteceu, como de costume, no Centro Diocesano de Pastoral (CDP), em Carpina-PE, na manhã de terça-feira (04), a pauta de abertura, após a oração do Ofício das Leituras, foi o mês mariano. Dom Francisco Lucena reforçou o apelo para que se incentivem e organizem movimentações nas capelas e comunidades, e não só na matriz, durante todo este mês. “Que seja um mês festivo, mediante a recitação do terço e realização de celebrações e novenas”, disse.
Dom Lucena orientou, ainda, a fazer a conexão necessária do mês mariano com o Ano de São José e o Ano da Família Amoris Laetitia, e convidou todos a vivenciarem a solenidade de Pentecostes, no dia 23 de maio, também nas capelas e comunidades, a partir da figura de Maria, como essa presença materna, silenciosa e orante junto à comunidade dos Apóstolos.
O Regional Nordeste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB NE2) produziu e disponibilizou gratuitamente a segunda edição do livro “Mês de maio com Maria”, que tem como tema “Maria, virgem que sabe ouvir” (Marialis Cultus, 17) e lema “Bem-aventurados aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática” (Lc 11,28). O subsídio oferece um roteiro para animar a devoção à Virgem Maria, Mãe de Deus e da Igreja, a partir de encontros comunitários com momentos de oração, louvor, escuta e meditação do Evangelho. Além disso, este ano, a Comissão Regional Pastoral para a Liturgia também preparou um livreto exclusivo com cânticos marianos.
Outro incentivo do bispo diocesano foi com relação às celebrações mensais oferecidas pela Comissão Vida e Família da CNBB no Livro Hora da Família; um subsídio pensado para ser um auxílio àquelas comunidades que necessitam de material para dinamizar as famílias e grupos da Pastoral Familiar. A edição tem como tema central “Família, casa da comunhão”. “Ninguém pode ficar de fora! É preciso fomentar as reflexões dos textos contidos no subsídio em todas as comunidades paroquiais”, motivou Dom Lucena.
O material quer ser um instrumento de evangelização, podendo ser utilizado pelos membros de uma ou várias casas, pelas pequenas comunidades e até mesmo pela catequese. O Hora da Família mensal, em sua segunda edição, sugere nove encontros: janeiro, fevereiro, março, abril, maio, junho, julho, setembro e novembro. Para os outros três meses, há propostas específicas: em agosto, Hora da Família Edição Especial (para a Semana Nacional da Família); em outubro, Hora da Vida; e no mês de dezembro, a Novena de Natal.
Em seguida, o presidente da Fundação Monsenhor Petronilo Pedrosa, Severino Ramos da Silva Santos, falou das últimas ações realizadas pela fundação – que desenvolve as atividades da Cáritas Diocesana – em parceria com a Adveniat (instituição católica alemã). Nos últimos meses, foram doadas 185 cestas básicas e 185 kits de higiene e limpeza a famílias carentes das paróquias de Carpina (Santo Antônio), Cumaru (Santa Teresinha), Itaquitinga (São Sebastião) e Limoeiro (São Sebastião).
Severino Ramos insistiu na necessidade de serem estruturadas ações referentes à campanha “É tempo de cuidar” em todas as paróquias, áreas e setores pastorais da Diocese de Nazaré, sobretudo neste tempo de pandemia. “É importante criar parcerias, estimular o apoio dos fiéis e organizar uma ou mais atividades sociais, como um socorro providente e emergencial aos mais necessitados”, falou, recordando que algumas comunidades paroquiais já realizam alguns trabalhos, como o sopão solidário e campanhas de arrecadação e distribuição de alimentos, roupas e materiais de limpeza e higiene pessoal.
Dom Lucena aproveitou a colocação do presidente da fundação Monsenhor Petronilo para reafirmar a importância de fazer essas atividades funcionarem e serem fortalecidas nas paróquias. Para isso, disse, é necessário estar com o povo, conhecer a realidade e saber de suas necessidades, para socorrer, através de gestos concretos, quem realmente precisa. O bispo propôs, inclusive como uma forma de melhor evidenciar essas ações, uma movimentação unificada em toda a diocese: um mutirão para arrecadar alimentos e outros materiais, a serem doados a pessoas em situação de vulnerabilidade social. A ideia foi acolhida e aprovada pelo clero e está prevista para acontecer em 23 de maio, no dia de Pentecostes.
Na sequência, o coordenador diocesano da Pastoral da Criança, Welison Henrique Alves de Souza, fez um pedido para que os padres apoiassem e incentivassem o serviço desempenhado pela referida pastoral em suas paróquias. Ele disse que neste momento de pandemia, em meio aos desafios próprios deste tempo, a pastoral da criança precisou se adaptar, a fim de manter suas atividades funcionando regularmente, utilizando, para isso, um aplicativo que permitia a realização de visitas virtuais e o cadastro de informações.
Segundo Welison, atualmente existem 1.230 líderes e 34 coordenadores atuantes na Diocese de Nazaré. São 20.000 crianças acompanhadas pelos líderes nas 32 paróquias e ramos (que correspondem às áreas pastorais), conforme dados do último cadastro. “Eu peço que os padres das paróquias que ainda não têm a Pastoral da Criança me procurem para que possamos articular e dar início a este trabalho tão importante”, concluiu suas palavras.
Outras instruções e informações dadas pelo bispo diocesano foram: a renovação do convênio entre a Diocese de Nazaré e a Congregação de Santa Cruz, referente à administração da Área Pastoral Nossa Senhora Auxiliadora, em Paudalho-PE; a redução da jornada de trabalho dos funcionários paroquiais, tendo em vista o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda do Governo Federal. Dom Lucena orientou, ainda, que as paróquias mantivessem o cronograma de férias dos seus funcionários, para não se tornarem cumulativas.
O prelado animou, também, a criação e a formação adequada para os grupos de coroinhas nas paróquias, inclusive para o serviço nas capelas e comunidades, e chamou atenção quanto à nomenclatura adequada: “pastoral dos coroinhas” e não dos “acólitos”, uma vez que este último é um ministério concedido aos candidatos ao sacramento da ordem (diaconado permanente ou presbiterado), cuja função é auxiliar o diácono e o sacerdote nas ações litúrgicas, sobretudo na celebração da santa missa. E alertou para que não se criem graus de hierarquia desnecessários dentro dessa pastoral, referindo-se à tendência corriqueira e não salutar, a seu ver, de se escolherem, dentre os integrantes do grupo, alguns para serem cerimoniários.