A Paróquia do Divino Espírito Santo, em Paudalho/PE, comemorou seus 215 anos de criação com uma Missa festiva. A Celebração aconteceu às 19h30 do último sábado, 22 de junho, na Igreja Matriz, e foi presidida pelo Padre Sérgio Ramos (Paróquia Nossa Senhora do Rosário, Chã de Alegria). As comemorações, no entanto, já vinham ocorrendo desde o novenário do padroeiro da cidade, que começou em 31 de maio e foi concluído no dia 09 de junho, na Solenidade de Pentecostes.
Há exatos 215 anos, precisamente no dia 22 de junho de 1804, Dom José da Cunha Azevedo Coutinho, então Bispo de Olinda, decretava a ereção canônica da Paróquia do Divino Espírito Santo. Em mensagem de gratidão, o seminarista Pedro Vinícius, filho da terra, louvou a Deus pelas bênçãos e graças derramadas na história desta querida comunidade paroquial.
“É tempo de colheita e somos gratos pelos frutos que pudemos colher, pois sabemos que foram gerados a partir do amor e a dedicação de muitas pessoas […] padres, diáconos, religiosos e agentes das mais diversas pastorais. […] É tempo também de trabalho, de reafirmar compromissos, de agir, pois como nos Exorta o papa Francisco, precisamos ser “uma Igreja «em saída»”, discursou.
Também foi feito um agradecimento especial a todos os sacerdotes que pastorearam esta parcela do rebanho diocesano de Nazaré, desde o primeiro pároco, o Padre José Francisco de Moura Pacheco, nascido em terras paudalhenses (onde ficou até 1838), até o atual pároco, o Padre Pedro Francisco do Nascimento, que administra a paróquia desde 2015.
Mas as comemorações não encerraram. O mês de julho conta, ainda, com alguns eventos que estão inseridos no calendário celebrativo dos 215 anos da Paróquia do Espírito Santo:
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14 a 20 – semana missionária do dízimo
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21 a 28 – semana missionária do regional Carpina
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28/07 a 03/08 – semana eucarística diocesana com a conclusão da mesma todos em Nazaré no dia 04/08
Breve Histórico
Ano da construção: 1750
Ano em que foi elevada a Curato: 1799
Ano de Posse do 1º Vigário (Pároco): 1804
Os anais da história politica e religiosa de Paudalho registram que em 1750 foi edificada uma capela neste local em honra ao Espírito Santo. Os mesmos anais relatam que o nome do município “Paudalho do Espírito Santo” se deve ao padroeiro da referida capela.
A construção foi uma iniciativa dos homens brancos de posses, residentes no povoado situado à margem direita do Rio Capibaribe, uma vez que à margem esquerda já existia a capelinha do Engenho Paudalho (Santa Tereza). Como a capela era particular e atendia o senhor do Engenho com seus escravos, os homens resolveram edificar aqui um templo aberto a todos.
No principio, era assistida pela freguesia de Nossa Senhora da Luz, pertencente a São Lourenço da Mata, administrada, na época, pela prelazia da Bahia. Em 1799, ela foi elevada a Curato pelo Bispo da cidade de Olinda, Dom José da Cunha Azevedo Coutinho, que entregou a administração ao Padre José Francisco de Moura Pacheco, nascido em Paudalho, e que aqui ficou até 1838.
A capela construída foi se modificando, acrescida dos lados e construída nova torre. As imagens vieram do reino (Portugal) e os assessórios e adereços eram também importados pelos cidadãos, que zelavam com orgulho este templo.
Criaram irmandades para contribuírem e zelarem pela Matriz do Espírito Santo. Em 1810, foi criada a “Irmandade do Santíssimo Sacramento” (extinta), a “Irmandade do Espírito Santo” só para homens (extinta). E a confraria de São Vicente para ajudar os mais necessitados (atuante).
Em 1901, veio transferido da Capela de Santa Tereza, para esta Matriz, o Apostolado da Oração, por determinação do Bispo Dom Luís Raimundo. Consta, ainda, que a partir de 1924, com a vinda do Monsenhor Severino Guedes, esta Matriz passou a ter funcionários fixos, como secretários, sacristão e carpinteiro, para cuidarem do acervo paroquial.