Funcionários das diversas paróquias, áreas e setores pastorais da Diocese de Nazaré participaram, na última quarta-feira, 20 de julho de 2022, de uma manhã de reunião e formação. Ponto eletrônico, Sistema Curia Online e Sindicato foram as pautas do encontro, que aconteceu no Centro Diocesano de Pastoral (CDP), em Carpina-PE.
Na ocasião, o bispo diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, agradeceu ao padre Andre Carlos pelo tempo em que esteve à frente deste trabalho e apresentou o novo assistente eclesiástico dos funcionários da diocese, padre Alex Antônio (vigário paroquial da Paróquia Divino Espírito Santo, Paudalho – PE).
O padre Andre externou sua gratidão ao bispo diocesano pela confiança e a todos pela parceria nesta caminhada. Em seguida, o padre Alex, que conduziu a oração inicial, também agradeceu a Dom Lucena pela confiança e disse estar feliz pelo dom da missão.
O prelado, em suas palavras de abertura, antes do café da manhã, declarou que esses momentos são oportunidades de estar junto, fazer-se próximo, família, caso contrário, não se consegue caminhar verdadeiramente, tampouco se consegue vivenciar verdadeiramente o Plano Diocesano de Pastoral (2020-2023). “O objetivo desses momentos, que acontecem três vezes por ano, é estarmos próximos e avaliar a caminhada, rezar, partilhar alegrias e tristezas, a fim de que possamos superar as dificuldades para avançarmos e fazermos o melhor, ainda que não consigamos resolver todos os problemas”.
Ao recordar a caminhada sinodal da Igreja, disse: “Sinodalidade é escutar, caminhar juntos. Não podemos ter medo de falar, de expor, de dialogar. Padres, nós precisamos parar para escutar os nossos funcionários! Escutar é mais que ouvir. Isso nunca é perda de tempo. Queremos ajudar, pois sabemos que temos problemas, mas também temos muitas alegrias. É necessário ver o caminho através do qual se pode melhorar”.
Dirigindo-se aos funcionários, orientou a fazer o que se gosta, encontrar sentido e prazer, para não se viver cansado e cair na depressão. “Vocês são importantíssimos na nossa vida, na vida da Igreja. Amem a Igreja, para fazer melhor, fazer o que se gosta. Sejamos proativos!”, instigou.
Ponto Eletrônico
Diante das dificuldades apresentadas por alguns funcionários para bater o ponto do seu próprio celular, por falta de espaço ou porque a pessoa não dispõe do aparelho, Dom Francisco Lucena afirmou que esse é um problema muito fácil de ser resolvido. As soluções são simples: compra-se um aparelho celular ou instala-se o aplicativo do ponto eletrônico no computador da própria paróquia. Para tanto, deve-se fazer essa solicitação à empresa responsável.
O bispo diocesano falou que a implantação do ponto eletrônico é uma forma transparente de acompanhar, com exatidão, as entradas e saídas dos funcionários. O ponto, inclusive, só pode ser batido e validado quando feito num perímetro específico/delimitado do local de trabalho. Por isso, deve-se seguir o horário (de entrada, intervalo e saída) que consta na carteira de trabalho, bem como a função constante na carteira que, na prática, pode estar sendo outra. “Analisar isso para corrigir, se for o caso”, orientou.
Acerca disso, o contador da diocese, Jailson Gomes, também reforçou: “Se as horas de trabalho forem diferentes das que constam na carteira, se isso for assíduo, é importante informar ao escritório para que as horas trabalhadas não sejam contadas como horas extras, mas, na verdade, horas regulares. E isso precisa ser ajustado na própria carteira”.
E deu outras instruções: “Se a pessoa trabalhar horas a mais, ela precisa bater o ponto conforme o horário trabalhado e dialogar para se resolver dentro da legislação, referente ao banco de horas que, conforme decisão da Diocese de Nazaré, deve ser pago por meio de folga”. E prosseguiu: “Não se pode trabalhar oito horas seguidas sem a pausa para o horário de descanso. Tem que bater o ponto, nem que seja nos 20 minutos tirados para o lanche ou almoço”.
No tocante ao banco de horas, o bispo lembrou que existem as regras. “É preciso agir com racionalidade, equilíbrio, dentro dos limites, e resolver essa questão dentro do próprio mês ou do mês seguinte. Não se pode guardar, acumular para o próximo ano”, pontuou, e informou que os funcionários também podem ter acesso a sua tabela de pontos junto ao pároco. Pois quando se gera a folha de pagamento, gera-se o relatório de pontos, e isso é enviado às paróquias. “É importante para que haja transparência”, destacou.
Sobre os sacristãos, Dom Lucena comentou que ainda não se encontrou nada, a nível nacional, que resolva a situação da carga horária deles. “Não podem ser sacrificados. Tentar resolver dentro da racionalidade”, salientou o bispo.
Alguns funcionários expuseram que a localização que aparece no aplicativo, na hora do ponto, muitas vezes não é precisa. E perguntaram se isso pode gerar problema. Jailson respondeu que, “mesmo que isso aconteça, é importante bater o ponto. Não deixar de bater. Se houver problema, o escritório vai procurar saber junto à empresa técnica”.
Por outro lado, algumas pessoas batem o ponto, mas eles não constam no sistema. Isso e outras questões devem ser informadas e resolvidas, como, por exemplo, por causa da falta de energia ou de conexão com a internet. Embora não haja possibilidade de realizar o ponto nessas circunstâncias, disse o contador, é preciso que o escritório seja informado sobre o período em que se ficou sem internet e/ou energia. Após o contato, a empresa de contabilidade fará um registro do problema, justificando a não realização do ponto.
Outro lembrete foi que as faltas, sobretudo por razões pessoais ou de saúde, devem ser justificadas, mediante um modelo já enviado às paróquias, exceto em caso de enfermidade, em que o atestado médico já serve ao propósito. Jailson advertiu, ainda, que aqueles que batem o ponto no horário correto, mas continuam a trabalhar por exigências ou necessidades da paróquia devem assumir a responsabilidade, porque sabem o que estão fazendo.
Para ajudar na resolução de todos esses problemas, sejam eles de ordem técnica ou não, o bispo diocesano sugeriu a criação de um canal de comunicação, via Sistema Curia Online, entre as secretarias paroquiais e o escritório de contabilidade. A medida visa facilitar e padronizar esse procedimento. “É bom porque toda essa comunicação fica registrada: dia, hora, quem visualizou, se e quando respondeu. Isso dá respaldo aos encaminhamentos e resoluções das questões a serem tratadas. É mais uma resposta para que haja transparência na solução dos problemas. Não podemos ficar no campo das ideias, do pensamento”, explicou.
Sistema Curia Online
Sobre o Sistema Curia Online, Dom Francisco Lucena começou afirmando que é algo sem volta. “Estamos caminhando. É algo sem volta. Tínhamos um sistema financeiro mais complexo. Agora temos um mais prático, que integra o financeiro e o pastoral, e que dispõe de formulários, plataformas de comunicações, facilitando os processos e a geração de relatórios, tudo de acordo com as normas diocesanas”, disse.
O referido sistema já foi implantado em todas as paróquias da Diocese de Nazaré. Uma primeira formação já aconteceu, de forma online, no dia 21 de junho de 2022, com todos os responsáveis por esse trabalho, inclusive padres. Vídeos com instruções sobre a utilização do sistema foram disponibilizados. Outra formação presencial acontecerá, em breve, com todos os funcionários. Quem está assessorando esses momentos é uma equipe da Arquidiocese de Natal.
O contador Jailson tirou algumas dúvidas sobre implantação de saldos, custos, ajuste de códigos, e lembrou que há uma senha de acesso exclusiva para cada pessoa que usa o sistema, tanto os que lidam com a parte pastoral, como os que trabalham com o financeiro, juntamente com o padre. “É mais seguro, prático e dá menos problemas que o anterior”, afirmou.
Sindicato
A primeira colocação do bispo acerca deste ponto foi quanto à necessidade de conhecer melhor a natureza e o funcionamento do sindicato para saber o que exigir, bem como usufruir dos serviços e benefícios oferecidos. “O sindicato tem a sua filosofia, seus moldes, é um benefício para a categoria e também para os empregadores. Temos que ter, mas conhecê-lo também. Ele não é opcional, mas associar-se a ele é opcional. Pois o sindicato quer que estejamos sindicalizados.
A Convenção Coletiva de Trabalho 2022 estabelecida entre o sindicato (SINTIBREF-PE) e a Diocese de Nazaré, no dia 08 de fevereiro do corrente ano, visa à garantia de benefícios aos funcionários: as instituições empregadoras pagam, mensalmente, o valor de R$ 44,20 por cada funcionário: R$ 21,75 para o usufruto do serviço de telessaúde e R$ 22,45 pelo benefício do bem estar social. Já para o seguro de vida, há um desconto de R$ 9,80 direto da folha do servidor.
A representante jurídica da Igreja de Nazaré, Juliane Freitas, também destacou a importância de conhecer os direitos que cada funcionário tem, para que se possa cobrar e usufruir, a fim de que o sindicato, de fato, seja atuante. Ela recordou que os funcionários têm o direito de se opor ao desconto da negociação solidária. Para isso, é necessário, todos os anos, enviar uma carta, escrita de próprio punho, opondo-se a esse desconto. Lembrou, ainda, que em outubro ou novembro haverá uma assembleia com todos os funcionários e o sindicato para se discutir a proposta do acordo coletivo para o ano de 2023.
Outras comunicações
– O prazo para a entrega do balanço financeiro deste mês de julho foi estendido, tendo em vista a fase atípica de adaptação ao novo sistema;
– Nesta sexta-feira (22/07), às 14h, haverá uma reunião virtual apenas com quem trabalha com a parte financeira das paróquias. “A contabilidade tem que ser diária. Deve-se correr atrás, se esforçar, procurar ajuda com quem sabe”, disse o bispo;
– Dom Lucena falou das obras no Centro Diocesano de Pastoral: a construção da casa do padre, já em andamento; reforma nos dormitórios e expansão do refeitório, que estão para começar;
– Já estão acontecendo reuniões para tramitar questões referentes à implantação de energia solar nas paróquias. O bispo já tem a proposta comercial. Para o consumo que se tem atualmente, foi visto que é preciso implantar oito usinas, em oito lugares diferentes. Pois num único lugar geraria uma taxa adicional alta. “Temos que colocar até dezembro, porque a partir de janeiro de 2023 haverá uma taxa maior”, disse Dom Lucena;
– Dom Francisco Lucena concluiu corroborando que esses momentos servem justamente para colocar as coisas nos eixos, de modo a possibilitar o bom funcionamento dos trabalhos nas paróquias, áreas e setores pastorais. “Desejo que estas reuniões sejam práticas e formativas; um exercício de sinodalidade: escuta, comunhão e participação. É preciso que haja pautas práticas, momentos de escuta e resolução de problemas. Dificuldades existem, mas temos o desejo de acertar, e pra tudo há um jeito. É possível resolver”, asseverou.