Temos vivido um tempo de desafios, em todos os sentidos, que tem modificado a nossa rotina, os nossos hábitos e os nossos relacionamentos. As medidas preventivas impostas pela pandemia da Covid-19 forçaram-nos a uma reinvenção no modo de trabalhar, conviver e também evangelizar.
Neste tempo, as mídias sociais, bem como os meios tradicionais (Rádio e TV), têm sido um elemento mediador das relações e das experiências religiosas. Eles seguem exercendo o seu importante papel na evangelização, ainda mais num momento como este.
No tocante às redes sociais digitais, especificamente, a possibilidade de interação por parte das pessoas é algo bastante positivo. Curtir, comentar, compartilhar e até mesmo participar (de uma chamada de vídeo, por exemplo) fortalecem o sentido de presença, pertença e de experiência real vivenciada no ambiente digital.
É claro que esses meios não substituem a experiência concreta de comunidade, do toque, da relação direta, interpessoal, mas cumprem, neste tempo, o papel indispensável de nutrir vínculos e proporcionar experiências de comunhão com toda a Igreja, que é uma só e que está em toda parte, unida.
Há desafios, e muitos. Mas acredito que eles são bem menores do que a força de vontade e a criatividade que têm se revelado em tantas iniciativas admiráveis de evangelização. A crise tem nos revelado muitas alternativas das quais podemos nos valer para firmar e potencializar nossa ação evangelizadora por meio da comunicação.
Nós conseguimos alcançar a intimidade das pessoas, adentrar em suas casas, propor momentos de oração e reflexão, intervir na vida cotidiana, dialogar com tantas e diferentes realidades, comunicar esperança. E isso é algo extremamente maravilhoso e providencial. Um socorro de Deus para estes tempos.
Sigamos firmes em nossa missão! Vamos em frente! Muita coisa nos espera! Continuemos sendo esse apoio tão necessário à evangelização em tempos de pandemia e nos fortaleçamos para uma realidade nova de Igreja, que continuará contando, e talvez ainda mais, com os meios de comunicação como recursos indispensáveis à sua ação pastoral.