“A Diocese de Nazaré, hoje, entoa jubilosa um hino de louvor e gratidão à Trindade e a Virgem Imaculada por cem anos de Vida e Missão”.
Assim vivemos e cantamos com entusiasmo. Depois dos anos de preparação, dos eventos, das homenagens, das procissões, do Congresso Eucarístico Diocesano, das celebrações, encerramos o jubileu centenário de criação desta querida Diocese de Nazaré, criada aos 02 de agosto de 1918, com a alegria da ordenação de 11 diáconos permanentes para a Igreja.
Completamos um ano da grande festa do jubileu. Já iniciamos o bicentenário de criação desta querida Diocese, de coração aberto, leigos(as), religiosos(as), consagrados(as), missionários(as), diáconos, sacerdotes, bispos, chamados a proclamar a verdade do Evangelho com palavras e atitudes, para que muitos creiam no Filho de Deus e tenham a vida e missão em Seu nome.
Nestes dias, foram vividas a Semana do Dízimo e a Semana Eucarística nas paróquias, a Semana Missionária em cada Região Pastoral, tudo para fazer desta Igreja Particular uma Igreja em saída, de portas abertas, missionária.
E vivendo este Mês Vocacional, procuremos refletir sobre o modo como estamos vivendo a nossa vocação cristã. Neste primeiro domingo, rezemos, de modo especial, pelas vocações sacerdotais, agradecendo e suplicando a Deus pelos nossos sacerdotes. Que sejamos sacerdotes santos para santificar o povo de Deus, para que todos sejam um em Cristo! Nossa gratidão pela vida e missão de todos os nossos padres.
E, hoje, nesta festa, estamos para ordenar Diáconos Permanentes estes nossos filhos que, com satisfação, contais entre vossos familiares, esposas e filhos, parentes e amigos. O diaconado é uma vocação específica, uma vocação familiar que chama ao serviço.
Fortalecidos com o dom do Espírito Santo, deverão eles ajudar o Bispo e seu Presbitério no serviço da Palavra, do altar e da caridade, mostrando-se servos de todos. São ordenados para servir. O serviço como um dos dons característicos do povo de Deus. O diácono é – por assim dizer – o guarda do serviço na Igreja. Cada palavra deve ser bem ponderada. Vós sois os guardas do serviço na Igreja: o serviço à Palavra, o serviço no Altar, o serviço da caridade aos Pobres.
É essa a missão do diácono, que consiste em recordar a todos nós que a fé possui uma dimensão essencial de serviço: o serviço a Deus e aos irmãos. E quanto caminho há a percorrer neste sentido! Vós sois os guardas do serviço na Igreja. Vós não sois meio sacerdotes e meio leigos – isto seria ‘funcionalizar’ o diaconado –, sois sacramento do serviço a Deus e aos irmãos. E desta palavra ‘serviço’ deriva todo o desenvolvimento do vosso trabalho, da vossa vocação, do vosso ser na Igreja. Uma vocação que, como todas as vocações, não é apenas individual, mas vivida no âmbito da família e com a família, no âmbito do Povo de Deus e com o Povo de Deus.
Como ministros do altar, irão proclamar o Evangelho, preparar o sacrifício e repartir entre os fiéis o Corpo e Sangue do Senhor. Além disso, por mandato do Bispo Diocesano, poderão exortar e instruir na sagrada doutrina todos os fiéis. Poderão, ainda, presidir as orações, administrar o Batismo, assistir e abençoar os Matrimônios, levar o Viático aos agonizantes e oficiar as Exéquias.
À semelhança dos que foram escolhidos pelos Apóstolos para o serviço da caridade, deveis ser homens de bem, cheios do Espírito Santo e da sabedoria. Enraizado e alicerçado na fé, caminhai de modo irrepreensível diante de Deus e da humanidade, como convém a ministros de Cristo e dispensadores dos mistérios de Deus. Não vos deixeis abalar em vossa confiança no Evangelho, do qual sois não somente ouvintes, mas servidores. Guardando o mistério da fé com a consciência pura, mostrai em vossos atos a palavra que proclamais, a fim de que o povo cristão, vivificado pelo Espirito Santo, se torne uma oferta agradável a Deus. Desta forma, também vós, no último dia, podereis ir ao encontro do Senhor e ouvir dele estas palavras: “Servo bom e fiel, entra na alegria do teu Senhor”.
Enfim, sob a proteção de Nossa Senhora da Conceição, nossa excelsa padroeira diocesana, peço que o encerramento deste jubileu centenário – olhando o presente e o futuro da nossa Diocese de Nazaré – nos conceda a oportunidade de renovar o empenho missionário de toda esta Igreja Particular. As coisas devem ser sempre renovadas: renovar nossos corações, renovar as estruturas paroquiais, renovar os grupos, porque, caso contrário, acabaremos todos num museu. Devemos renovar tudo para não acabarmos no museu.
Abracemos, com entusiasmo, o próximo mês de outubro, o mês missionário extraordinário, Batizados e enviados, e a construção do nosso novo Plano de Pastoral 2019 – 2023. A nossa vida, em Cristo, é uma missão. Nós próprios somos missão. A missão é santificação nossa e da comunidade. Avante! Avante! Caminhemos como discípulos missionários cada vez mais apaixonados por Jesus e pela sua missão. Amém!
Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena
Bispo de Nazaré – PE