Neste domingo, 24 de novembro de 2024, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, e Dia Nacional dos Cristãos Leigos e Leigas, a Diocese de Nazaré reuniu o seu clero e caravanas das diversas paróquias e áreas pastorais para celebrar o Dia da Diocesaneidade. O evento aconteceu em Nazaré da Mata e contou com caminhada, reflexão e missa campal presidida pelo bispo diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena.
As caravanas se reuniram, a partir das 15h30, na Capela Santa Teresinha, de onde seguiram em caminhada até a Catedral Nossa Senhora da Conceição, animados pelo padre Diego e banda.
Na ocasião, a Irmã Conceição (Religiosa da Instrução Cristã) realizou um momento de reflexão e espiritualidade acerca da sinodalidade e diocesaneidade. Participaram desse momento, também, alguns estudantes do Colégio Santa Cristina (Rede Damas Educacional).
Em sua colocação, a religiosa afirmou que somos chamados a caminhar juntos, unidos num só propósito, mesmo diante das nossas diferenças, pois “a Igreja se encontra no Cristo, que é a cabeça, o ponto de convergência e de unidade. […] Somos imagem e semelhança de um Deus que é sinodal, que estabelece presença, que gera comunhão e que nos conduz à verdade do Reino. Somos (todos) povo de Deus; e, sendo povo de Deus, há diversidade de vocações, de ministérios, mas reina entre nós verdadeira igualdade quanto à dignidade e ação comum a todos os fiéis na edificação do Corpo de Cristo”, disse.
Antes do início da celebração, o padre Pedro Nascimento, coordenador diocesano de pastoral e pároco da Igreja Catedral, acolheu uma vez mais a todos, convidando-os a celebrarem, com júbilo, muitas motivações para este dia:
“Vamos começar a celebração eucarística, a santa missa, agradecendo a Deus todo este caminho que nós percorremos este ano preparando o Jubileu da Encarnação de Nosso Senhor Jesus Cristo do ano de 2025. Vamos celebrar, neste acontecimento de hoje, a diocesanidade, isto é, o nosso caminho de comunhão, o caminhar juntos desta Igreja missionária, samaritana, de portas abertas, acolhedora, como este sinal de unidade e no caminho de conversão e salvação ao qual o Senhor nos chama. Vamos celebrar cada comunidade paroquial, cada expressão do leigo na ação missionária e evangelizadora, nos diversos movimentos, pastorais, serviços das nossas paróquias”, externou.
E prosseguiu: “Vamos celebrar o ministério sacerdotal de pastoreio que cada sacerdote exerce na sua comunidade, na sua paróquia. […] Vamos trazer nesta celebração de hoje a ação missionária do nosso bispo, dentro de toda a diocese, […] que já visitou todas as comunidades onde se vive a fé. Vamos celebrar neste acontecimento de hoje as expressões mais diversas da nossa ação transformadora nas nossas comunidades, que a gente pode chamar de caridade, de ação social, de dignidade humana. Vamos celebrar com jubilo, com festa, a Solenidade de Jesus Cristo, Rei do Universo”.
Em sua homilia, salientando o encerramento do Ano Litúrgico, na Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, o bispo diocesano declarou que, com a vivência da Diocesaneidade (ser Igreja a partir da Igreja local) se quer fortalecer as estruturas enquanto Igreja Particular pela via da sinodalidade, “que é o ‘caminhar juntos’ de todos os agentes eclesiais, tendo por meta o anúncio permanente da Alegria do Evangelho, ou seja, a vivência do Estado Permanente de Missão”.
E continuou: “Com o aprofundamento do sentido da Diocesaneidade, o que se almeja é fazer com que, em meio às sombras de um mundo fechado, as comunidades eclesiais não esqueçam a Diocese como ‘lugar teológico’, a partir do qual acontece a Igreja na sua totalidade/Católica. Vivamos essa Diocesaneidade, onde nascemos para a fé, onde somos educados ao testemunho cristão e chamados ao serviço dos irmãos e irmãs, sejam eles cristãos ou não. Proclamamos Cristo como Rei. O Senhor é Rei. E nesta festa, celebramos a vocação e missão dos cristãos leigos e leigas”, reiterou
O prelado enfatizou, ainda, que Jesus é Rei porque é o único que pode garantir nossa vida e nos fazer felizes; e que a marca e o critério da realeza de Cristo é a cruz. “Celebrar Jesus Cristo Rei do Universo ·é proclamar diante do mundo que somente Cristo é o sentido último de tudo e de todos, que somente Cristo é definitivo e absoluto. Proclamá-lo Rei é dizer que não nos submetemos a nada nem a ninguém, a não ser ao Cristo; é afirmar que tudo o mais é relativo e menos importante quando confrontado com o único necessário, que é o Reino que Jesus veio trazer”, declarou.
Ao final da celebração, Dom Lucena convidou os presentes para outra grande celebração diocesana: uma missa por ocasião do centenário do nascimento do Servo de Deus Pe. Luís Cecchin, cujo processo de beatificação já está em curso. O Dicastério das Causas dos Santos permitiu a abertura da Causa, que conta com um postulador de Roma e uma equipe do Brasil. O convite foi reforçado pelo padre Osmair Collazziol, PSDP, pároco da Paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Limoeiro-PE:
“Em nome das três paróquias de Limoeiro (Apresentação, São Sebastião e N. Sra. do Carmo), e em unidade com o Instituto Pe. Luís Cecchin (IPLC), a gente alarga o convite a toda a diocese para o dia 15 de dezembro, domingo, às 17h, no Instituto Pe. Luís Cecchin, uma grande celebração de ação de graças pelo centenário [do nascimento] e também toda essa acolhida da espiritualidade, da missão, do testemunho do Servo de Deus Pe. Luís Cecchin”, disse.
Fotos: Pascom Catedral