No encerramento do Ano Jubilar da Esperança, neste domingo (28/12/25), Festa da Sagrada Família, a Diocese de Nazaré vivenciou um momento muito especial com a ordenação de cinco novos diáconos transitórios: Alberto Anderson de Araújo Lima (Macaparana), Arthur Filippe Freitas Silva (Itambé), José Luciano da Silva (Lagoa de João Carlos, Frei Miguelinho), José Ricardo Cardoso Filho (Santa Maria do Cambucá) e Wellington de Andrade Miron (Machados).
A solene celebração eucarística aconteceu, às 16h, na Catedral Nossa Senhora da Conceição, em Nazaré da Mata-PE, e foi presidida pelo bispo diocesano, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena. Participaram da missa de ordenação padres e diáconos do clero diocesano, autoridades constituídas, seminaristas, religiosos(as), familiares, Obra das Vocações Sacerdotais (OVS) e representações das paróquias e áreas pastorais da diocese.




“Neste contexto de Jubileu da Esperança, a Diocese de Nazaré acolhe cinco servidores do Evangelho a caminho do presbiterato. Escolhidos para servir. O diácono é, na Igreja, o sinal ministerial do Serviço de Cristo, que acompanhará o ministro ordenado por toda a vida. Servir ao Senhor, servir aos irmãos, servir à Igreja, servir o Reino de Deus. Esta é vossa tarefa. O dia em que o diácono passar a servir a si mesmo – pior, servir-se da comunidade e dos irmãos em proveito próprio –, ele deixa de ser discípulo missionário, passando a ser mercenário. Rezemos para que Deus vos livre disso”, disse Dom Lucena em sua homilia.

O prelado recordou que eles são chamados a ajudar no serviço da Palavra, do altar e da caridade, mostrando-se servos de todos e buscando, no amor, a força para amar e servir sem esmorecer. “Escolhidos para viver o amor, para viver de amor, por aquele que vos escolheu, e amá-lo nos irmãos. Não há nada verdadeiro fora do amor. Somente alienação e tristeza. Vocês foram capazes e capacitados, neste caminho feito até aqui. Perseverem, não se desviem, nem vendam o coração ao dinheiro, à vaidade e ao poder. […] Deveis ser homens de bem, cheios do Espírito Santo e da sabedoria. Sejam servos por causa de Jesus, semeadores de esperança”, disse.
Na ocasião da Festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José, o bispo diocesano lembrou que a família não é uma realidade simplesmente humana, mas sagrada: querida por Deus, amada por Deus, criada por Deus, sustentada por Deus. E declarou que quem destrói a família peca gravemente contra Deus. “A família, se é cristã, é a primeira imagem da Igreja, é a primeira comunidade de cristãos. O pai, a mãe e os filhos, todos batizados em Cristo Jesus, são uma pequena Igreja, a Igreja doméstica. […] Caríssimos, lutemos por nossas famílias! Jovens, preparai-vos com alegria para uma vida de família! É na família que se aprende a rezar, a amar, a dialogar, perdoar e conviver”, falou.
Conforme o rito de ordenação, após a homilia, os candidatos, diante do bispo e de todos os fiéis, exprimem o firme propósito de exercer o seu ministério segundo a mente de Cristo e da Igreja, sob a orientação do bispo. Na ladainha, todos imploram a graça de Deus em favor dos candidatos. Pela imposição das mãos do bispo e pela prece de Ordenação, é conferido aos ordinandos o dom do Espírito Santo para o exercício do ministério diaconal. Logo depois da Prece de Ordenação, os ordenados são revestidos, por alguns presbíteros, da estola diaconal e da dalmática (trazidas por seus familiares), pelas quais se manifestam externamente o seu ministério na liturgia. Pela entrega do livro dos evangelhos, é simbolizada a sua missão no anúncio do evangelho. Pelo abraço da paz, o bispo manifesta por um sinal externo a aceitação dos ordenados no seu ministério.

Em nome do grupo, o diácono recém-ordenado José Luciano externou sua gratidão a Deus, fonte de toda vocação e de todo chamado; ao bispo diocesano, pelo acompanhamento, proximidade e confiança depositada em cada um; à equipe formativa, pelos ensinamentos, orientações e correções; aos padres das pastorais, pela acolhida fraterna e pelos aprendizados; às paróquias de origem, à OVS, familiares, amigos e todos aqueles que, direta e indiretamente, contribuíram para que este momento fosse possível. “Cada gesto de incentivo, cada palavra de apoio, cada oração silenciosa e cada ajuda oferecida ao longo do caminho foram sinais concretos do cuidado de Deus em nossas vidas”, testemunhou.
E concluiu: “Confiamos este ministério à graça de Deus, pedindo que Ele nos conceda humildade para servir, coragem para testemunhar e fidelidade para perseverar. Que Maria, a Imaculada Conceição, serva do Senhor, nos acompanhe e interceda por nós, para que sejamos diáconos segundo o Coração de Cristo, a serviço da Igreja e dos mais necessitados”.
Conforme o bispo diocesano, Dom Francisco Lucena, os neodiáconos – cujo lema de ordenação é: “Quanto a nós, apresentamo-nos como servos vossos, por causa de Jesus” (2Cor 4,5) – exercerão seu ministério, a princípio, no lugar em que estão vivenciando sua experiência pastoral, podendo haver alguns ajustes futuramente, a saber: Diác. Alberto Anderson (Paróquia N. Sra. do Rosário, Camutanga), Diác. Arthur Filippe (Paróquia N. Sra. das Dores, Salgadinho), Diác. José Luciano (Paróquia Santa Teresinha, Cumaru), Diác. José Ricardo (Paróquia São José, Feira Nova) e Diác. Wellington Miron (Paróquia N. Sra. das Victórias, Vertente do Lério).
Ao final da celebração, tendo em vista o encerramento do Jubileu da Esperança, foi apagada, como gesto concreto, após a oração do Ano Santo, a vela do jubileu, acesa há um ano. “Apagamos a vela, mas não apagamos a chama da esperança na vida de cada um e de cada uma. A vela apagamos, mas cada um e cada uma manterá a esperança viva”, enfatizou o prelado.










