Após um dia intenso e produtivo – com momentos de espiritualidade, palestra e trabalhos em grupo –, a 24ª Assembleia Diocesana de Pastoral (24ª ADP), nesta sexta-feira, 8 de novembro, foi concluída com a santa missa, às 17h, presidida pelo bispo diocesano, Dom Francisco Lucena. A celebração aconteceu na capela interna do Centro Diocesano de Pastoral (CDP), em Carpina-PE, e reuniu padres, diáconos, seminaristas, religiosos(as), consagrados(as) e leigos(as) representantes das diversas comunidades paroquiais, movimentos, serviços e pastorais. Foram mais de 200 participantes.
Após a saudação inicial do bispo diocesano, na santa missa, o padre Elias Roque (Diocese de Nazaré) fez uma breve partilha de sua experiência, nos últimos três anos, na Igreja Irmã da Arquidiocese de Porto Velho-RO, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Machadinho d’Oeste. Estando alguns dias de descanso com a família, participou da 24ª Assembleia Diocesana de Pastoral.
Na ocasião, pontuou os seguintes aspectos da missão: necessidade de abertura para acolher os vários rostos e modos de ser igreja; desafios das longas distâncias geográficas, culturais, religiosas, econômicas e políticas; bela experiência de comunhão com outras igrejas cristãs evangélicas. Ressaltou, ainda, a característica de um povo acolhedor e disposto a caminhar junto. Marca forte é o protagonismo do laicato, que assume com muita destreza o caminho pastoral da paróquia, comunidade de comunidades.
Na alegria dessa experiência tão frutuosa e cativante, afirmou ter solicitado a renovação do seu período de missão naquelas terras por mais três anos – solicitação que lhe foi concedida. Concluindo, pediu as orações de todos por ele e pelos outros padres e um seminarista da Igreja de Nazaré que estão em missão:
Pe. Genilson Sousa (Pontifícias Obras Missionárias – POM, em Brasília-DF); Pe. Elias Roque e Pe. Magno Anacleto (Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Machadinho d’Oeste); Pe. José Falcão e o seminarista José Ricardo (Paróquia São João Batista, em Cujubim) – ambas na Arquidiocese de Porto Velho-RO; e o padre José Sebastião (Paróquia São Bento, Novo Cruzeiro), na Diocese de Araçuaí-MG.
HOMILIA
Dom Lucena iniciou sua homilia falando que o fundamento, o coração de toda ação evangelizadora está no amor a Deus e ao próximo, na adoração e no serviço: “percorremos hoje um pedaço do nosso caminho. É importante fixar o ‘princípio e fundamento’, do qual uma vez e outra tudo começa: amar. Amar a Deus com toda a vida, e amar ao próximo como a si mesmo. Não está nas nossas estratégias, nem nas modas do mundo, mas no amor a Deus e ao próximo: é aqui que está o coração de tudo. Mas como traduzir tal impulso de amor? Através da adoração e serviço”.
Na sequência, o prelado salientou que é necessário se preocupar com o exemplo, o testemunho a ser dado, a fim de não nos tornarmos incoerentes na vivência, apesar dos belos discursos, caindo na tentação da mediocridade, de sermos “cristãos de aparência”: “sabemos que exemplos convencem mais que palavras e, por essa razão, se queremos ter êxito na missão, é preciso que nos preocupemos com o exemplo que damos, e tenhamos atitudes que corrijam possíveis erros. De nada adianta termos belos discursos, se na prática somos incoerentes; não podemos de cristãos ter só o nome, e de sobrenome ‘mundanos’. […] Paulo se preocupa com o exemplo que ele dá para a comunidade e pede que ela imite suas ações, pois ele se esforça para ser coerente com o projeto de Cristo”.
Ao pontuar que o referido apóstolo se preocupa com aqueles que se comportam como inimigos da cruz de Cristo, pela desonestidade e atitudes que escandalizam os outros, o bispo de Nazaré elencou alguns desses procedimentos que desvirtuam a proposta cristã (egoísmo, ganância, arrogância, mentira, dentre outros) e fez um apelo: “cada um de nós pode avaliar sua vida e ações e verificar se também não está se comportando dessa maneira. […] Cada um de nós – também eu – deve questionar-se: terei algo de mundanidade dentro de mim? Algo de paganismo? Gosto de me gabar? Gosto do orgulho, da soberba? Onde estão minhas raízes, ou seja, de onde sou cidadão? Do céu ou da terra? De fato, a nossa cidadania está no céu e de lá aguardamos o nosso salvador, o Senhor Jesus Cristo”, enfatizou.
E concluiu: “não permitais que se enfraqueça o vosso coração, a vossa alma e que acabe no nada, na corrupção, na mentira. Esta é uma graça bonita para pedir: permanecer firmes no Senhor – está aí toda a salvação. Portanto, a graça que devemos pedir, nesse envio da nossa 24ª Assembleia Diocesana de Pastoral, é a de permanecermos ‘firmes no Senhor e no exemplo da cruz de Cristo’: com humildade, pobreza, mansidão, serviço aos outros, adoração, oração”.
ALGUMAS COMUNICAÇÕES
Ao longo da 24ª Assembleia Diocesana de Pastoral, algumas comunicações foram feitas pelo bispo diocesano e por alguns coordenadores e representantes de movimentos e pastorais:
– A Pastoral Sobriedade conta com um novo assistente eclesiástico, o padre José Paim, CSC, pároco da Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, em Guadalajara, Paudalho-PE. Quem compartilhou a boa notícia, e agradeceu ao referido presbítero por ter se colocado à disposição, foi Sinval Rodrigues (coordenador diocesano da Pastoral da Sobriedade);
– O Centro Diocesano de Pastoral (CDP) segue em reforma. “Estamos em serviço, em estruturação. Vamos transformar o ginásio [atual Centro de Evangelização Dom Helder Câmara] em um auditório com capacidade para mil pessoas; antes de março do próximo ano, já queremos estar funcionando completamente”, disse Dom Lucena;
– Está sendo organizado um Conselho de Leigos da Diocese de Nazaré, composto atualmente por sete integrantes; em março do próximo ano, a Igreja Particular de Nazaré irá sediar a Assembleia Geral Ordinária do Laicato do Regional NE2;
– Dom Francisco Lucena recordou que a comissão responsável pelos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão (MESCs) é a mesma que responde pelos Ministros da Palavra. E partilhou seu intento e preocupação em dar encaminhamento à confecção das carteirinhas para os MESCs; orientado, ainda, que os cursos (online) que alguns ministros fazem de forma voluntária, alternativa, não substituem as formações oferecidas pela Pastoral dos MESCs;
– “A catequese tem dado passos consideráveis referentes à Iniciação à Vida Cristã. Estou crismando adolescentes das novas turmas, dentro dessa dinâmica de inspiração catecumenal, e está sendo muito bom”, externou Dom Lucena, instruindo que, nas turmas de adultos, deve-se investigar se os mesmos realmente não são crismados (fazer essa sondagem, esse acompanhamento).
– No dia 1º de novembro (sexta-feira), houve uma reunião no Seminário Maior Rainha dos Apóstolos com o bispo diocesano, os padres Romário Silva (coordenador da Comissão Diocesana para Animação Bíblico-Catequética), José Cleiton (reitor do seminário maior), Marcos Antônio (vice-reitor do seminário maior e diretor da Escola Teológica Pastoral Nova Evangelização – ETPNE), e dois representantes da Universidade Católica de Pernambuco – UNICAP: o padre José Marcos (coordenador dos cursos de filosofia e teologia) e o diácono Sérgio Sezino (professor da instituição).
A primeira pauta da reunião foi a proposta de inserir essa dimensão catequética no currículo do curso de teologia, de modo que os seminaristas concluam a formação mais conscientes acerca da Iniciação à Vida Cristã. Outro ponto da conversa: um curso de extensão, também nessa área da catequese, coordenado pela UNICAP, para ex-alunos da ETPNE. A ideia é que seja presencial, na sede mesmo da escola teológica;
– Sobre as festas de padroeiro, Dom Francisco Lucena deu algumas orientações:
* As leituras e evangelhos para cada dia devem ser selecionados de forma correspondente ao tema escolhido, a fim de proporcionar uma conexão entre a reflexão a ser feita e a temática, pois muitas vezes não há uma relação ou referência entre as leituras e o tema;
* Há textos de novena que precisam ser revisados, corrigidos. “Corrigir, inclusive, alguns erros teológicos”, falou;
* Deve-se organizar as missas e novenas em horários distintos, para favorecer a melhor participação dos fiéis; além disso, não inserir muitas atividades diárias na programação, de tal forma que as pessoas não consigam participar de todas elas. Outra coisa: as novenas devem ser bem cantadas (ensaiadas, executadas), para que todos celebrem bem;
– A elaboração de um Diretório de Catequese deve ser antecedida pela experiência e avaliação, ou seja, pela vivência e reflexão no caminhar da realidade diocesana – recordou o padre Romário Silva (coordenador da Comissão Diocesana para Animação Bíblico-Catequética);
– No dia 17 de novembro de 2024 (Dia Mundial dos Pobres), das 8h às 12h, no CDP: encerramento da Campanha da Fraternidade – CF, que tem como tema “Fraternidade e Amizade Social”. “Em nossa diocese, a CF não se encerra na Quaresma, mas no domingo que antecede à solenidade de Cristo, Rei Universo”, lembrou o padre Elias Jordan (coordenador diocesano das Campanhas da Igreja Católica na Diocese de Nazaré).
O encontro conta com a colaboração e participação dos Vicentinos, Pastorais Sociais, e a presença da Pastoral da Pessoa Idosa. A programação inclui momentos culturais e oracionais, oficinas e muito mais.
– Dom Lucena citou algumas áreas pastorais (Umari e Ameixas) e paróquias (Bairro do Cajá, em Carpina; e Sapucaia, Timbaúba) que estão em processo para serem criadas. A criação da Paróquia Imaculado Coração de Maria, em Sapucaia, está com data marcada para o dia 12 de dezembro deste ano (dia de Nossa Senhora de Guadalupe);
– 23 de novembro de 2024: 6ª Jornada Diocesana de Comunicação (JORDICOM), no CDP, a partir das 8h (três pessoas por paróquia/área pastoral);
– 26 de novembro de 2024: formação, no CDP, para todas as pessoas que trabalham com o Sistema Curia Online nas paróquias, a partir das 8h;
– O bispo diocesano falou que, no próximo ano, para celebrar o Jubileu da Esperança 2025, serão promovidos alguns “jubileus”, ou seja, encontros em nível diocesano reunindo seguimentos pastorais específicos: Jubileu da Pastoral Familiar, ECC, Equipes de Nossa Senhora e outros setores ligados às famílias; Jubileu da Juventude: TLC, EJC, RCC e jovens associados às congregações e novas comunidades. Ele propôs, ainda, a possibilidade de se pensar/articular um jubileu voltado para escolas católicas, e outro com as pastorais sociais;
– 26 de novembro de 2024: reunião com o Conselho Diocesano de Pastoral (CODIP), no CDP;
– Em 2025, as assembleias paroquiais e regionais acontecerão no mês de outubro; e a Assembleia Diocesana de Pastoral nos dias 14 e 15 de novembro, tendo em vista que será criado o novo Plano Diocesano de Pastoral.