O bispo de Nazaré, dom Francisco de Assis Dantas de Lucena, se reuniu com o clero diocesano na manhã da última terça-feira, 6 de fevereiro de 2024, em Carpina-PE. Esse foi o primeiro encontro do ano. Na ocasião, padres, diáconos e leigos fizeram um passeio pelas instalações do Centro Diocesano de Pastoral (CDP), para conferir o andamento e a conclusão de algumas obras, com inauguração e bênção do local dada pelo prelado.
Segundo dom Lucena, houve um atraso na finalização dos trabalhos; ainda falta muita coisa, além de retoques e mobília, mas, no geral, alguns espaços já foram concluídos: casa do padre, dormitórios, auditório, refeitório, cozinha. O bispo diocesano pediu pressa no avanço das obras, justamente por causa do início das atividades no CDP, que já está em pleno funcionamento.
Dom Francisco Lucena informou que o próximo empreendimento é a reforma do Centro de Evangelização Dom Helder Câmara. A proposta é transformá-lo num grande auditório. Consta no projeto, ainda, a construção de duas quadras society. “O grande desafio é tornar o CDP um lugar autossustentável, que não dependa de uma quantia volumosa da Cúria Diocesana”, disse.
CAUSA PE. LUÍS CECCHIN
Após a oração do Ofício das Leituras, que sempre introduz a reunião do clero, foram apresentados, pelo bispo diocesano, o postulador e o notário atuário da Causa de Beatificação e Canonização do Servo de Deus Pe. Luís Cecchin, cuja abertura aconteceu na terça-feira (6/2), com missa às 18h30 na Matriz de São Sebastião, em Limoeiro-PE, e sessão pública às 20h no Instituto Pe. Luís Cecchin (IPLC), na mesma cidade.
O postulador da Causa, Dr. Paolo Vilotta, destacou esse inquérito como a grande oportunidade de se investigar a vida, virtudes e fama de santidade do padre Luís, “cujo sacerdócio foi uma riqueza para esta diocese”, pontuou. Ele expressou, ainda, que algo gratificante em sua estadia aqui na diocese foi “poder ver e tocar nas obras deixadas pelo padre Luís Cecchin”. Por fim, agradeceu a confiança de dom Lucena, com quem já teve a oportunidade de trabalhar em Guarabira-PB na Causa do padre Ibiapina.
Em seguida, o Dr. Ronaldo Frigini, notário atuário, também se apresentou e falou de sua alegria em contribuir com esse inquérito, no qual tem tido a oportunidade de conhecer “não só o exemplo do padre Luís enquanto sacerdote, mas o seu testemunho de vida, muito importante para nós, como leigos”. Durante os dias em que esteve por aqui, Dr. Ronaldo trabalhou na coleta de alguns testemunhos sobre o Servo de Deus, inclusive em entrevistas realizadas com dom Jorge Tobias e dom Severino Batista, bispos eméritos.
ENERGIA SOLAR
Severino Ramos (Silvio), funcionário da Diocese de Nazaré, falou que o trabalho que ele vem desenvolvendo no acompanhamento da geração e distribuição da energia solar tem surtido efeitos positivos: atualizações do rateio da energia gerada por cada usina e acréscimos de novas unidades secundárias a serem beneficiadas.
Verificou-se, nesse processo, que o consumo mensal está além dos 6000 kW gerados por cada usina, devendo-se, portanto, retirar as contas das capelas que estejam consumindo abaixo de 30 kW ou até 50 kW – a casa paroquial, igreja matriz e salão paroquial são prioridades e não serão retirados do sistema. Ficou acordado, então, que as paróquias que desejarem retirar as capelas cujo consumo esteja abaixo de 30 kw ou até 50kw devem enviar, até dia 15 de fevereiro de 2024, a conta de energia e o contrato para e-mail: [email protected]
Silvio informou, ainda, que a energia recebida como crédito e não consumida pela unidade secundária fica à disposição da mesma por cinco anos, podendo fazer o rateio para outra unidade secundária, desde que esteja no mesmo CNPJ da filial.
O bispo frisou que há possibilidade de aumentar a geração de cada usina para 8000 kW (para isso, é necessário colocar mais placas e estudar os custos). Ele também pediu que todos informassem a Mádson Santana, na Cúria Diocesana, o valor a ser pago (via boleto) referente ao investimento da energia solar.
SÍNODO DOS BISPOS E JUBILEU 2025
O coordenador diocesano de pastoral, padre Pedro Nascimento, trouxe mais informações sobre o Sínodo dos Bispos, que propôs uma nova etapa de escuta das igrejas particulares até 29 de fevereiro de 2024; as arqui(dioceses) têm até 15 de março do corrente ano para fazer a devolutiva das questões à equipe nacional, para a síntese a ser enviada à Secretaria Geral do Sínodo. Para tanto, faz-se necessário conhecer o relatório do sínodo.
A grande pergunta é: como ser Igreja sinodal em missão? Isso inclui refletir como valorizar a corresponsabilidade diferenciada na missão de todos os membros do povo de Deus, também em nível das relações entre Igrejas, grupos de Igrejas e com o bispo de Roma. Pode-se, ainda, enviar, juntamente com essas respostas, um testemunho concreto, partilhando alguma experiência significativa para fazer crescer o dinamismo sinodal missionário.
A orientação do coordenador diocesano de pastoral é que sejam ouvidas três pessoas de cada comunidade paroquial. Posteriormente, deve-se criar um relatório e enviá-lo à coordenação diocesana de pastoral, que vai elaborar um resumo a ser encaminhado à equipe nacional do sínodo.
Sobre o Jubileu 2025, “Peregrinos da Esperança” (tema), foram apresentadas algumas questões a serem vivenciadas (peregrinação, reconciliação, indulgência jubilar etc.), incluindo o Ano da Oração (convocado pelo Papa Francisco para 2024), bem como a logomarca, o hino, e alguns eventos que acontecerão em nível diocesano: Semana da Igreja (29/7 a 3/8 de 2024; lives formativas sobre as quatro Constituições Dogmáticas do Vaticano II; estudo dos 34 subsídios sobre o Concílio Vaticano II.
Foram entregue a todos, na reunião, exemplares do Encarte IV do Plano Diocesano de Pastoral vigente (2020-2023), que contém as ações e metas dos quatro pilares (Pão, Palavra, Caridade e Ação Missionária), assumidas na 23ª Assembleia Diocesana de Pastoral, realizada em 27 de outubro de 2023, bem como o calendário de atividades 2024. Na ocasião, padre Pedro fez uma conferência conjunta das datas e locais dos eventos programados para o mês de fevereiro e início de março.
COMUNICADOS DO BISPO DIOCESANO
– O Retiro do Clero acontecerá de 19 a 23 de fevereiro de 2024, no Convento Ipuarana, em Lagoa Seca-PE. O pregador será o bispo auxiliar na Arquidiocese do Rio de Janeiro-RJ, dom Antônio Augusto Dias Duarte;
– Dom Lucena comunicou que o Sr. Marcelo Vasconcelos (Comunidade Obra de Maria), após três anos e meio trabalhando na Câmara Eclesiástica, seguirá em missão para África, e agradeceu ao mesmo pelo tempo de serviço prestado. O prelado fez a proposição de que o padre Cleydson Ferreira assuma o seu lugar nos trabalhos, ao menos duas vezes por mês;
– Dom Francisco Lucena expôs sua pretensão em dar início à construção da igreja e casa paroquial em Umari, distrito de Bom Jardim-PE, ainda este ano, uma vez que ali será criada uma nova área pastoral; Matinadas, povoado de Orobó-PE, também está na lista para se tornar área pastoral (em novembro de 2024). E lembrou que a Área Pastoral Nossa Senhora Auxiliadora, em Guadalajara, Paudalho-PE, é a próxima a ser elevada à paróquia (prevista para maio de 2024); por isso, pediu pressa na finalização dos trabalhos na igreja matriz;
– Foram entregues aos presentes, durante a reunião, cartazes da Campanha da Fraternidade 2024, cujo tema é: “Fraternidade e Amizade Social” e lema: “Vós sois tosos irmãos e irmãs” (Mt 23,8).
OUTROS COMUNICADOS
– LITURGIA: no dia 17 de fevereiro de 2024, acontecerá o primeiro encontro com as coordenações paroquiais de liturgia. O coordenador diocesano da Pastoral da Liturgia, padre Marcílio Souza, pediu que os padres motivassem os coordenadores a participar e recordou que, neste ano, serão realizados momentos formativos nos regionais.
Dom Lucena aproveitou para insistir que, nas diversas formações a serem oferecidas ao longo do ano, pelas diversas pastorais, fossem abordadas questões práticas; e definiu o tamanho das hóstias (8 cm) e partículas (3,5 ou 4 cm) a serem usadas na Diocese de Nazaré. “Não é necessário mesclar partículas maiores e mores na celebração, pensando nas crianças, por exemplo; ou mesmo usar apenas as pequenas, pensando em economizar. Nada disso é uma resposta pastoral!”, declarou.
– CATEQUESE: o padre Romário Silva, coordenador diocesano para a Animação Bíblico-Catequética, informou que deu início, junto com os membros da comissão, ao esboço do Plano Catequético Diocesano. “Um caminho longo e que precisa nascer das bases; será enviado para as paróquias estudarem e fazerem seus acréscimos, depois será retomado pela equipe diocesana, que o apresentará ao clero e, posteriormente, em assembleia diocesana de pastoral, a fim de ser discutido, aprovado e finalizado”, explicou.
* Nos dias 13 e 14 de abril de 2024, será realizado o encontro com as Comissões Paroquiais de Catequese, no CDP; e na terceira semana de julho, de 12 a 14, acontecerá a Escola Diocesana de Formação de Catequistas, também no Centro Pastoral.
Acerca do ministério de catequista, dom Francisco Lucena ressaltou que nem todos os catequistas receberão o referido ministério, tendo em vista as condições que o papa e o seu colegiado definiram. Pe. Romário citou o documento 112, que contém critérios e itinerários formativos para a instituição do ministério dos catequistas, e lembrou: “a indicação dos candidatos deve partir do próprio conselho de pastoral, que e se prontifica a formá-los com base nesses critérios”.
– CULTURA E EDUCAÇÃO: o coordenador da Comissão Diocesana da Cultura e Educação, padre José Ramos, se colocou à disposição para um diálogo com os padres que queiram implantar a comissão de cultura e educação em suas paróquias, conforme proposição do Encarte IV do Plano Diocesano de Pastoral; e recordou que o primeiro encontro de espiritualidade para professores está marcado para o dia 25 de fevereiro, no Mosteirinho da Reconciliação, em Limoeiro-PE.
* Padre José Ramos entregou, ainda, aos presentes o livro dos 25 anos do Mosteirinho e Espaço Cultural Reconciliação, falou do desafio em estruturar a Pastoral da Cultura (por seu dinamismo e diversidade) e disse estar disponível às paróquias que tenham interesse em fazer um registro de sua história ou de algum local que detenha certa importância histórica e cultural, “para ajudar a não esquecer os acontecimentos”, destacou.